Ela estava bem na minha tenda. Estava confortável ao pé de mim. Mas pronto. Já não há nada que possa fazer. Arrumei as minhas cenas todas e saí lá para fora. Chamei os meus rapazes e começámos a explorar a floresta. Aquilo tinha um pequeno rio de resto eram só árvores e arbustos. Eu estava a divertir-me verdadeiramente, mas não deixava de pensar nela. Ela tinha ficado com ele no nosso acampamento improvisado. Isso deixava-me fora de mim. Ela bem podia estar aqui connosco. Mas não, tinha de estar com ele! Mas pensando noutras coisas, eu e o pessoal estávamos à procura de madeira, todos queríamos fazer uma fogueira à noite. Apesar de estarmos no meio de uma floresta, apinhada de pinheiros e eucaliptos, a madeira caída era escassa. Conseguimos reunir alguns troncos e começámos o caminho para o acampamento. Era quase de noite, estava um silêncio enorme, mas que rapidamente foi quebrado.
- Ó Rodrigo, estás a ouvir gritos?
- Sim, mano, vêm aí do teu lado 'bora ver?
- Sim, é melhor. Vem do lado do acampamento, achas que é a Verónica? Se calhar chateou-se com ele.
- Não, me parece mano, até porque estou a ver a Verónica ali ao fundo.
- Então é de quem?
- São de mulher 'bora procurar.
Ao principio também achei que era a Verónica a gritar, mas quando ela se dirigiu a nós a falar dos gritos, tive a certeza que não era. Comecei a vasculhar entre os arbustos, o grito estava cada vez mais perto de mim. Aproximei-me de uma árvore, e finalmente encontrei-a. Tinha os olhos todos negros, as roupas num estado miserável e o lábio rebentado.
- Mano, encontrei-a. Podes voltar para o acampamento, eu trato dela.
- Tens a certeza, Rodrigo?
- Sim, absoluta. Até já.
(...)
- Desculpa, estás bem?
2 comentários:
e eu quero a continuação da tua moterfucker :3
a mim foi a primeira vez mesmo xD
gostei, quero a continuação da história :b
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