5 de abril de 2012

rotina, 2ª página


Ela estava bem na minha tenda. Estava confortável ao pé de mim. Mas pronto. Já não há nada que possa fazer. Arrumei as minhas cenas todas e saí lá para fora. Chamei os meus rapazes e começámos a explorar a floresta. Aquilo tinha um pequeno rio de resto eram só árvores e arbustos. Eu estava a divertir-me verdadeiramente, mas não deixava de pensar nela. Ela tinha ficado com ele no nosso acampamento improvisado. Isso deixava-me fora de mim. Ela bem podia estar aqui connosco. Mas não, tinha de estar com ele! Mas pensando noutras coisas, eu e o pessoal estávamos à procura de madeira, todos queríamos fazer uma fogueira à noite. Apesar de estarmos no meio de uma floresta, apinhada de pinheiros e eucaliptos, a madeira caída era escassa. Conseguimos reunir alguns troncos e começámos o caminho para o acampamento. Era quase de noite, estava um silêncio enorme, mas que rapidamente foi quebrado.
- Ó Rodrigo, estás a ouvir gritos?
- Sim, mano, vêm aí do teu lado 'bora ver?
- Sim, é melhor. Vem do lado do acampamento, achas que é a Verónica? Se calhar chateou-se com ele.
- Não, me parece mano, até porque estou a ver a Verónica ali ao fundo.
- Então é de quem?
- São de mulher 'bora procurar.
Ao principio também achei que era a Verónica a gritar, mas quando ela se dirigiu a nós a falar dos gritos, tive a certeza que não era. Comecei a vasculhar entre os arbustos, o grito estava cada vez mais perto de mim. Aproximei-me de uma árvore, e finalmente encontrei-a. Tinha os olhos todos negros, as roupas num estado miserável e o lábio rebentado. 
- Mano, encontrei-a. Podes voltar para o acampamento, eu trato dela.
- Tens a certeza, Rodrigo?
- Sim, absoluta. Até já.
(...)
- Desculpa, estás bem?

2 comentários:

Filipa disse...

e eu quero a continuação da tua moterfucker :3

Dani disse...

a mim foi a primeira vez mesmo xD
gostei, quero a continuação da história :b